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Piqué diz cinco times do Brasil que conhece e rasga elogios ao futebol do país: ‘Muito talento natural’

Um dos grandes zagueiros do futebol mundial nos últimos anos, Gerard Piqué está de olho nos clubes do Brasil.

Em entrevista exclusiva à ESPN, o ex-jogador espanhol citou cinco times que conhece e rasgou elogios aos campeonatos do país.

”Conheço Flamengo, Corinthians, Grêmio, Santos, Vasco. Conheço a liga brasileira. É complicado acompanhar por conta do fuso horário, aqui sempre é de madrugada. Mas sempre que times europeus tem de jogar contra times brasileiros complicam bastante”, afirmou.

”É um estilo de futebol diferente, com muita força, muita intensidade, muito talento natural. A liga brasileira sempre revelou grandes jogadores”, completou o ex-defensor.

Piqué está aposentado desde novembro de 2022, quando se despediu oficialmente dos gramados e do Barcelona.

Em seus anos como atleta, o espanhol tem um currículo invejável, com direito a 9 títulos de LALIGA, 4 da Champions League e três do Mundial de Clubes. Com a seleção, ele venceu a Copa do Mundo e a Eurocopa.

Dos times brasileiros citados por Piqué, ele só teve a experiência de enfrentar um deles: o Santos, na final do Mundial de Clubes de 2011, disputado no Japão. O Barça, em uma das partidas mais emblemáticas da “Era Pep Guardiola”, goleou o time de Ganso e Neymar por 4 a 0.

O Pacaembu, em São Paulo, não recebe jogos de futebol desde fevereiro de 2020. O estádio, que pertence à cidade, passou por um processo de concessão para ser administrado por uma empresa privada e foi fechado para reforma no meio de 2021. A entrega estava prevista para outubro de 2023, mas a prazo já foi prorrogado mais de uma vez.

A Allegra, que agora é responsável pela gestão do Pacaembu, pretendia que o estádio recebesse a abertura da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano — o que não aconteceu. O prazo, agora, é para o início do segundo semestre. E políticos da cidade confirmam isso.

“Existe uma questão contratual, tem prazo para cumprir. Se não é cumprido o prazo, tem as multas estabelecidas, todo o processo que está regido pela concessão e pelo contrato assinado. Problemas acontecem. Se não justificarem o porquê dos atrasos, que a municipalidade entenda ser razoável, vão pagar as multas pelo atraso”, disse o prefeito Ricardo Nunes, em evento de inauguração da nova sede do Sindiclubes, em São Paulo.

“Mas está caminhando. Eles estão com um grande projeto ali, tem uma boa parte que já está encaminhada, depois tem a segunda etapa, que é a questão do hotel. Não tenho dúvida nenhuma que foi acertado fazer a concessão do Pacaembu”, seguiu.

O prefeito reiterou que a Allegra terá de cumprir os prazos estabelecidos.

“Existe todo um contrato. Cumpriu, ok. Descumpriu alguma cláusula, está previsto quais são as penalidades, e a prefeitura vai atuar de acordo com o que está estabelecido na relação contratual”, finalizou.

Importância para a cidade
Por estar concedido para a iniciativa privada, o Pacaembu não será administrado nem trará lucros completos para a cidade de São Paulo. Mesmo assim, a prefeitura acompanha e aguarda os próximos passos.

“Tudo indica, tudo leva a crer que realmente vai ser inaugurado nesta data que eles lançaram agora, para começo do segundo semestre, fim do primeiro. A gente espera que assim seja”, disse Felipe Becari, secretário de esportes de São Paulo.

“Estamos acompanhando. Fomos lá recentemente. Já está legal, o gramado já está sendo colocado. A obra é de uma grandeza muito incrível. As pessoas, por mais que demorou um pouquinho, vão ficar muito felizes com o resultado e vai ser um grande marco para São Paulo”, completou.

Para Becari, um dos principais retornos do estádio será o turismo gerado.

“A gente ficou muito feliz em ver todo planejamento, andamento da obra, de saber que estão construindo um novo complexo, um novo conceito, mas que ainda respeitam as tradições de algumas partes do Pacaembu, que não deixa de ser uma tradição da cidade. As pessoas não vão se decepcionar. Acho que gente de fora vai vir e vai colocar como ponto turístico o Pacaembu para conhecer”, afirmou.

“Para São Paulo é interessante porque o Pacaembu é um marco. Ele precisava de uma reforma. É um monumento da cidade. Trazendo agora não só a parte esportiva, mas até de hotelaria, integração, partes de convivência que estarão lá, vai ser um grande complexo, vários andares, o hotel que dá de frente para o campo. Isso só vai valorizar”, completou.

No último mês, o Santos mandou uma partida no Morumbis para um público de mais de 50 mil pessoas. O time da Vila Belmiro pretende mandar jogos em outras cidades e já tem um acordo com o Pacaembu para utilizar o estádio ainda neste ano. O Cruzeiro também possui esse compromisso.

De acordo com o prefeito de São Paulo, os clubes de fora da cidade são bem-vindos.

“Com certeza vai ter uma boa infraestrutura, melhor do que estava, porque esse é o objetivo de trazer o [setor] privado para fazer os investimentos. Não tenha dúvida nenhuma, pode vir jogar aqui [no Pacaembu] que vai ter um bom atendimento.

Como o Pacaembu vai ficar
A capacidade do novo Pacaembu, que acomodava cerca de 40 mil pessoas antes das obras, vai cair para 26 mil. Haverá, no entanto, um prédio com restaurantes, centro de convenções e lojas, por exemplo.

O nome oficial também vai mudar, já que os naming rights foram vendidos por cerca de R$ 1 bilhão para que o estádio seja chamado de Mercado Livre Arena Pacaembu. O contrato é de 30 anos.

Além de partidas esportivas, a nova arena está sendo preparada para receber shows e eventos.

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