No futebol global, dinheiro é rei e influência é o trono onde se sentam os donos dos maiores clubes e SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol). Em 2025, o cenário é dominado por magnatas que detêm fortunas bilionárias, capazes de transformar qualquer time em potência. O topo dessa lista revela não apenas riqueza, mas um jogo de poder que ultrapassa fronteiras e reflete o novo modelo de negócios que o futebol adotou mundo afora.
Mark Mateschitz, proprietário da Red Bull e, consequentemente, da SAF que administra o Bragantino, aparece como um dos nomes mais poderosos do planeta futebolístico. Com uma fortuna estimada em 44 bilhões de dólares, ele conduz uma verdadeira máquina esportiva que vai além do Brasil, incluindo times como Leipzig, Salzburg e New York Red Bulls. O investimento robusto no futebol brasileiro eleva o Bragantino a um patamar competitivo que poucos conseguem alcançar, mostrando que dinheiro bem aplicado pode fazer a diferença dentro de campo.
Logo atrás está o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, dos Emirados Árabes Unidos, com sua fortuna de 30,4 bilhões de dólares. Dono do Grupo City, que engloba o Manchester City e o Bahia, entre outros clubes, Mansour revolucionou o futebol mundial ao aplicar uma estratégia que une dinheiro, gestão e marketing. Seu grupo espalhado pelo globo é exemplo da globalização do esporte, que hoje não conhece fronteiras e negocia talento, sucesso e marcas em escala planetária.
No topo absoluto, o trono pertence ao príncipe Mohammed bin Salman, herdeiro da Arábia Saudita, que mantém uma fortuna estimada entre 700 bilhões e 1,4 trilhão de dólares. Desde a aquisição do Newcastle, em 2021, e o controle dos maiores clubes sauditas, o investimento massivo em estrelas europeias transformou o futebol no reino árabe. A presença de ídolos como Cristiano Ronaldo e Karim Benzema reflete não apenas o poder financeiro, mas também a ambição de colocar o futebol saudita no mapa dos grandes do esporte.
A lista dos dez donos mais ricos do futebol revela ainda nomes como o xeque Tamim bin Al Thani, do Paris Saint-Germain, e empresários influentes que controlam clubes na Europa e América do Norte. Esse grupo bilionário redefine o conceito de clube de futebol, que hoje é mais do que um time; é um negócio global, um ativo financeiro que gera bilhões em receitas, direitos de transmissão e marketing.
No Brasil, o impacto dessas fortunas é sentido principalmente nas SAFs que administram clubes tradicionais, mas o cenário não é homogêneo. Donos como o magnata norte-americano John Textor, que controla o Botafogo, demonstram que a diversidade de investidores também existe, embora sua fortuna de aproximadamente 1,5 bilhão de dólares seja modesta diante dos gigantes do futebol mundial. Mesmo assim, Textor tem ampliado sua influência, mostrando que visão estratégica pode superar dinheiro bruto.
O crescimento das SAFs no futebol brasileiro trouxe uma nova dinâmica ao esporte, onde o dinheiro externo e a profissionalização da gestão criam expectativas de competitividade e estabilidade financeira. No entanto, essa transformação também levanta debates sobre identidade, tradição e a relação do clube com sua torcida, pois o futebol sempre foi mais do que um negócio: é paixão, história e cultura popular.
Por fim, a ascensão dos donos bilionários evidencia que o futebol moderno é um campo onde a riqueza e o planejamento estratégico caminham lado a lado. Os maiores investidores não estão apenas comprando times, mas moldando o futuro do esporte, transformando clubes em impérios econômicos. O desafio agora é equilibrar o poder financeiro com a alma do futebol, para que o jogo continue encantando gerações sem perder sua essência.
Autor: Lebedev Petrov