O futebol brasileiro alcançou em 2024 o maior patamar financeiro de sua história, consolidando uma nova era de prosperidade entre os clubes mais ricos do país. Segundo um estudo divulgado pela consultoria Sports Value, os 20 maiores clubes do futebol brasileiro somaram um faturamento impressionante de R$ 10,9 bilhões. Este número representa um crescimento significativo de 21% em relação ao ano anterior, quando o total arrecadado havia sido de R$ 9 bilhões. Mesmo quando corrigido pela inflação, o avanço foi expressivo, com as receitas ajustadas de 2023 totalizando R$ 9,9 bilhões.
Entre os clubes mais ricos do futebol brasileiro, o Flamengo lidera isoladamente com uma receita de R$ 1,33 bilhão. O clube carioca se destaca por sua forte presença no mercado internacional, especialmente nas transferências de jogadores, além de sua sólida base de torcedores e estratégias de marketing altamente eficazes. Em segundo lugar está o Palmeiras, com R$ 1,27 bilhão em receitas, seguido de perto pelo Corinthians, com R$ 1,11 bilhão. Esses três clubes compõem a elite financeira do futebol nacional, puxando o crescimento e servindo como modelo de gestão e monetização.
O que impulsionou o crescimento dos clubes mais ricos do futebol brasileiro em 2024 foi, em grande parte, o mercado de transferências. As negociações de atletas representaram R$ 2,9 bilhões do total, o que significa um aumento de 53% em comparação com o ano anterior. Este dado revela a força do Brasil como celeiro de talentos e como os clubes souberam explorar esse potencial para gerar receitas significativas. Além disso, outras fontes como marketing, bilheteria e programas de sócio-torcedor também tiveram desempenhos positivos, contribuindo para a robustez do cenário.
Outros clubes também se destacaram na lista dos clubes mais ricos do futebol brasileiro em 2024, como São Paulo, Fluminense, Atlético-MG e Athletico-PR, que mantiveram receitas acima de R$ 500 milhões. O São Paulo, por exemplo, registrou R$ 731,9 milhões em receita, consolidando sua reestruturação financeira após anos de instabilidade. O Fluminense arrecadou R$ 684,2 milhões, reflexo de sua boa performance em campo e da valorização de sua marca. Já o Atlético-MG, agora com gestão SAF, alcançou R$ 657 milhões, mostrando a força do novo modelo de administração no futebol nacional.
Entre os clubes gaúchos, o Internacional e o Grêmio também figuram entre os clubes mais ricos do futebol brasileiro. O Inter teve um faturamento de R$ 516,8 milhões, enquanto o Grêmio somou R$ 509,4 milhões, evidenciando a competitividade da dupla Grenal mesmo diante da concentração de receitas no eixo Rio-São Paulo. A gestão sólida, a presença frequente em competições continentais e o engajamento das torcidas foram fatores decisivos para o desempenho financeiro dos dois maiores clubes do Rio Grande do Sul.
Outro ponto interessante é a presença cada vez maior das SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) entre os clubes mais ricos do futebol brasileiro. Vasco, Cruzeiro, Bahia, Fortaleza e Cuiabá são exemplos de clubes que adotaram esse modelo e apresentaram receitas relevantes em 2024. O Vasco, por exemplo, arrecadou R$ 473,8 milhões, enquanto o Cruzeiro registrou R$ 371,6 milhões. Este movimento indica que a profissionalização da gestão está se tornando uma tendência sólida e irreversível no futebol nacional, atraindo investimentos e promovendo crescimento sustentável.
No ranking dos clubes mais ricos do futebol brasileiro, a diversidade regional também chama atenção. Clubes do Nordeste e do Centro-Oeste, como Bahia, Fortaleza e Cuiabá, passaram a figurar com mais destaque no levantamento. Mesmo com receitas inferiores às dos gigantes, esses clubes demonstram que é possível crescer com planejamento, boa governança e aproveitamento das oportunidades de mercado. A presença do Vitória, Juventude e Ceará, ainda que com valores menores, reforça essa expansão nacional do futebol rentável.
Em resumo, os clubes mais ricos do futebol brasileiro em 2024 refletem uma nova realidade econômica no esporte. O salto de receitas evidencia que a profissionalização, a globalização das transferências e a valorização do torcedor como consumidor são os pilares do sucesso. Com investimentos crescentes, estratégias bem definidas e modelos de gestão modernos, os clubes mais ricos do futebol brasileiro estão pavimentando o caminho para uma era de estabilidade e competitividade, não apenas em campo, mas também nos bastidores.
Autor: Lebedev Petrov